sábado, 18 de abril de 2015

O melancólico "Se eu Ficar" (Título original: If I stay) estrelado por Chloe Grace Moretz, traz a história da talentosa Mia Hall que após sofrer um grave acidente de carro com sua família se vê presa à uma realidade desconhecida e solitária, no estado clínico que a medicina conhece como Coma. Separada de seu corpo seriamente lesionado, ela tenta sem êxito ajuda em meio ao um mundo em que ser vista não é mais possível. Nessa jornada ela compreende os verdadeiros sentidos da vida que até então, apesar de vivida, nunca fora notada. Valores como família, amizades, sonhos e amores são esmiuçados de forma bela, mostrando que talvez a grandeza da vida esteja escondida na simplicidade de um sorriso e um abraço.

Durante o início do filme, acreditei num pré-julgamento que se tratava de mais um filme adolescente americano de Ensino Médio, onde o cara popular do momento se derrete de amor pela menina desinteressante e super inteligente. Mas não demorou muito pra que isso se convertesse num interesse surpreendente.

Mia sempre foi diferente em todos os sentidos no que concerne à sua família. Criada num ambiente de rock, uma vez que seu pai era de uma banda do gênero e sua mãe "tiete" do marido, ela se encantou e se apaixonou na alma pela música clássica, contra todo o esperado. Nada era maior que seu amor pela música e seu violoncelo até conhecer Adam, que assim como seus pais, trazia na veia o amor pelo rock.

Achei gostoso de ver um diferente romance adolescente, sem aquelas bizarrices de convites para baile do colégio e blá, blá ,blá... O que uniu Mia e Adam foi a música, que assume no filme a forma quase que de uma personagem, como uma "presença" invisível.

O filme me fez pensar que mesmo que você ache que tenha muito pouco, ou que sua vida não é tão interessante como deveria, ela esconde uma grandeza que não se vê por dentro e sim por fora. Assim como um grande edifício; você não consegue enxergar quão alto é se estiver perdido em seus corredores, mas se sai um instante tem a dimensão que não imaginava. Foi isso que aconteceu com a Mia.

Ela pôde enxergar sua vida estando fora dela e assim compreender que somos efeitos colaterais em muitas vidas e temos o poder de transformar não só a nossa história, mas também as dos que estão ao nosso redor.

Não contarei, é claro, o final... Mas fiquei sem palavras com a jovem adolescente Mia e sua grande paixão pela vida.

Amamos muitas coisas durante todo percurso aqui... Mas e se você tivesse que partir? Pelo quê valeria a pena ficar? Eis a proposta do filme.


Indico.




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